Ai Arlindo, Arlindo! Só tu para me fazeres ler dois livros assim de enfiada!

Eu nem queria acreditar no final deste livro! Estava a ver tudo caminhar para lá, mas pensava num twist final que ainda salvasse a coisa. Só que não. Foi mesmo lá parar...

Este livro é bastante melhor que os volumes 2, 3 e 4 desta saga. Mas assim em muito. Acompanhamos a Helen Grace na investigação de 3 homícidios, de cariz aparentemente sexual (ódio pela comunidade BDSM). Só que as vítimas são familiares a Grace. E tudo se vai complicando, até que Helen se vê encurralada onde nunca pensou que poderia estar, depois de um desenrolar de potenciais suspeitos.

Mas, desde o primeiro livro que eu achei que aquela personagem iria saltar de novo para a ribalta (e fartei-me de perguntar à minha prima se isso ia acontecer) e esperei por ele em todos os outros volumes. E, portanto, chegados aqui não me surpreendeu nesse aspecto. Foi tipo, ah, finalmente, eu sabia! Mas a escrita é mirabolante, tem momentos de tirar o fôlego e uma pessoa não consegue parar de ler. E, quando chega ao fim, nem respira. Larga este volume e pega logo no volume seguinte, despachando logo 100 páginas no mesmo dia. Porque tinha de saber como a coisa ia continuar...

E continuou muito bem!

Apesar de algum cansaço mental pela intensidade da leitura, bolas, valeu bem a pena. Desde o primeiro volume que esperava um volume igualmente arrebatador. E se o anterior já foi bastante melhor, este superou todas as minhas expectativas. 

Aqui encontramos Helen Grace em prisão preventiva a aguardar julgamento pelos homícidios do volume anterior. E nem aqui a mulher tem sossego, coitada. 

Na prisão, ocorre um crime macabro, com uma vítima que morre sem quaisquer marcas de luta ou de sofrimento, mas depois todo o tratamento post mortem é assustador. 

Quem será o assassino? E será que se vai ficar apenas por uma vítima? E como pode Helen ajudar quando também é uma prisioneira e há lá dentro muitas que lhe querem limpar o sebo? E há alguém cá fora que ainda acredita nela e a vai tentar ajudar ou caiu completamente em desgraça e vai ser completamente esquecida naquele buraco imundo?

Pois, é mesmo completamente vertiginoso. Acho que às vezes até parava de respirar, tal o sufoco de algumas cenas. Tão bom!

E desta vez achei que tinha percebido tudo. Fartei-me de descartar suspeitos, porque era demasiado cedo na história, porque a motivação não era certa, porque o perfil não se enquadrava. Só me faltou arranjar um quadro branco e ir desenhando esquemas como fazem os detectives. 

E já há bastante tempo que tinha "decidido" quem era o meu culpado. E Helen também chegou lá. Senti-me tão inteligente como Helen. Mas foi sol de pouca dura. Enganei-me e Helen também. E pumba, I did not see that coming. Levei com o culpado nas fuças que até me lixei!

Fez-se justiça, encontraram-se culpados e foi, dos 6 que já li nesta saga, o que teve o melhor clímax final!

É um livro brutal que não podem mesmo perder. Mas leiam os outros todos antes, ok?

Ah, fica a sinopse de "O Anjo da Morte"

UMA CELA FECHADA.
UM CORPO ESCRUPULOSAMENTE MUTILADO
JAZ NO SEU INTERIOR…
Helen Grace, até aqui considerada a melhor detetive do país, é acusada de homicídio e aguarda julgamento na prisão de Holloway. Odiada pelas restantes prisioneiras e maltratada pelos guardas, Helen tem de enfrentar sozinha este pesadelo. Tudo o que deseja é conseguir provar a sua inocência. Mas, quando um corpo aparece diligentemente mutilado numa cela fechada, essa revela ser, afinal, a menor das suas preocupações.

Os macabros crimes sucedem-se em Holloway e o perigo espreita em cada cela ou corredor sombrio. Helen não pode fugir nem esconder-se por atrás do distintivo. 
Precisa agora de ser rápida a encontrar o implacável serial killer… se não quiser tornar-se a sua próxima vítima.