Leituras terminadas
"A sopa é sempre melhor quando é servida numa terrina de porcelana"
Ficou-me esta frase. Talvez porque me lembrei que tenho uma terrina de porcelana e nunca a usei. Sou uma triste!
Martina: uma figura de mulher «singular». Amada por uns e criticada por outros, toda a sua vida esteve sob o olhar inquisidor das gentes de Vertova, incluindo o das próprias filhas…
No decurso da sua existência, dos anos quarenta aos nossos dias, através das mais complicadas vicissitudes, ela tentará encontrar o caminho para atingir a sua autêntica vocação de mulher - gerar a vida. Terá três filhas, de três homens diferentes, sem desposar nenhum deles.
A sua morte súbita, nas vésperas do Natal, provocará um tremendo choque no seio familiar, e será Vienna, a sua mãe, a desvendar os mais íntimos segredos dessa mulher tão enigmática. Através do seu relato, descobriremos que afinal elas têm mais em comum do que pensavam: todas são mulheres atraentes e independentes, que amaram e se deixaram amar, e que decidiram, sobretudo, enfrentar os cânones sociais em prol de um bem maior - a maternidade.
Ah, os livros da Sveva. Gosto muito! O que demorei mais tempo a ler foi o Mister Gregory, mas acho que teve mais a ver com a minha predisposição na altura, porque no fim acabei por gostar muito.
Achei o livro aconchegante. Muito mais indicado «Para ler no sofá com um bom copo de vinho e um delicioso prato de pasta.»
A história alterna entre o hoje e ontem, para nos contar a vida de Martina, da sua mãe e das suas filhas. Mulheres independentes, dedicadas mães, que não deixaram de sofrer por amor, mas que conseguiram sempre dar a volta. Mulheres pouco dadas aos convencionalismos e às obrigações sociais. Ao contrário de alguns comentários que li, não achei o livro feminista. Apenas era a perspectiva daquelas mulheres e a forma como encaravam a vida. É certo que a Martina poderia ter sido apresentada aos contraceptivos. Mas não achei feminista. Simplesmente há pessoas que seguem caminhos diferentes dos seguidos pela maioria e isso não tem nada de errado. Esta mania de que as pessoas têm de ser todas iguais e fazer todas o mesmo, é capaz de me irritar. Desde que não façam mal a ninguém, as escolhas de cada um, são as escolhas de cada um.
Gostei muito!
Leitura que se segue (com umas páginas já lidas à hora de almoço):
Em 1932, três amigas vão estudar para Oxford: Verity, filha de um pastor anglicano; Lady Claudia, uma jovem aristocrata; e Lally, filha de um senador.
Vee, uma impetuosa maria-rapaz, planeia usar a sua liberdade para corrigir tudo o que falhou na sua infância desprovida de amor. O seu fascínio pelo jovem Alfred abre-lhe as portas das misteriosas sociedades secretas e irá conduzi-la a uma imprevisível carreira como agente secreta. Claudia é resplandecente e intensa, e sente-se igualmente atraída por um misterioso grupo, ou melhor, por um dos seus membros em particular: o sofisticado John Petrus. É sob a sua influência que viaja para a Alemanha e se deixa enredar nos meandros do fascismo. Entre duas personalidades tão fortes, Lally, a americana glamorosa, tenta manter viva a chama da amizade mas, na verdade, está céptica e preocupada com as opções e crenças extremas das suas amigas. Mas o assustador ano de 1938 traz consigo a desilusão e Vee decide partir para a Índia. Uma decisão tempestuosa, ensombrada pelo perigo e pelo receio da guerra. Uma viagem que mudará para sempre a sua vida e a das suas amigas.
Estava a achar que era na linha do romance de Verão (é capaz de ter a ver com a imagem da capa). Mas estou cá desconfiada que não vai ser bem assim.
Para já, fiquei a sonhar com uma viagem de Cruzeiro. Uma pessoa lê transatlântico e é impossível não divagar...