Mãos rotas
Uma pessoa chega a esta altura na vida e pode afirmar, com frontalidade, que os meus vizinhos do rés-do-chão já devem conhecer todo o meu repertório de roupa interior. Às vezes também outras peças de roupa, mas as cuecas que me caem do estendal para o terraço deles é mato.
Ainda por cima têm agora um cão fofo,que acha o máximo cada vez que caem mais uma cuecas da gaja do 2º andar, porque sempre são mais divertidas para brincar do que os brinquedos próprios que lá tem. Ontem cairam logo duas quando estava a apanhar a roupa. Lá andava ele todo contente com elas na boca. Felizmente devem ter visto logo e pouco depois já lhas tinham tirado e colocado no spot dos perdidos e achados lá do prédio.
É isso e molas da roupa. A toda a hora aquilo cai e essas não são devolvidas, portanto, ficam para o stock pessoal de molas de roupa do rés-do-chão.
A única coisa mais chata é que agora com o cãozito fico sempre com receio de que ele engula mesmo alguma coisa que não deve e lhe faça mal, porque nem sempre as pessoas estão em casa e os cães são uns patetas nestas coisas.