O que andas a ler Curly Maria?
Ainda só li umas 20 páginas se tanto. Já tive vezes de pegar nele e nem sequer conseguir começar a ler, porque imediatamente Petit Me vem para cima de mim aos saltos e mexilhar. Já consegui ler algumas páginas a custo, no meio de brincadeiras dos pequenos, mas a coisa avança pouco. Mas é por não estar a gostar? Não, estou a gostar (até onde já me foi possível ler). Mas é um livro que requer algum silêncio e concentração. Já tive vontade de ter um lápis para sublinhar algumas passagens ou anotar qualquer coisa nas margens. Tem muitos factos históricos que, se uma pessoa não estiver concentrada, perde-se. Aconteceu-me ter de ler várias vezes a mesma frase, porque com qualquer distracção perdia-me. Porque não é um livro propriamente ligeiro. É denso. Usam-se palavras caras (confesso que já vi uma ou outra que não conhecia, pobre ignorante). Nas poucas páginas que li tive a sensação de estar a ouvir a história contada mesmo pelo monge velhote Adso de Melk, que já arrasta as palavras, que elabora nas frases e é cauteloso no que diz e faz pausas para recordar os eventos e que ainda está a tentar extrair deles conclusões. O que é giro. Quer dizer que a narrativa está bem feita. Portanto, acho que vou demorar a ler. Entre sono, pouco tempo, crianças aos saltos pela casa. Ainda por cima é um bocadinho para o calhamaço. Acho que tem perto de umas 600 páginas.
Nestas parcas páginas já tive oportunidade de reparar em algumas expressões em latim, que acho uma pena não virem traduzidas. Uma pessoa ainda ver uma palavra que não conhece e ter curiosidade de ir saber o seu significado é uma coisa. Agora andar a traduzir latim não me apetece lá muito. É capaz de ser uma falha do livro ou então foi proposital. Sendo que pessoalmente não me agrada. Acho que é de bom tom traduzir.